JPIC-CMF
Como São Maximiliano, entregamo-nos para que outros tenham vida

Os mártires, sementes de novos cristãos, são também companheiros e modelos para nossa luta pela justiça e paz. Para este mês, como companheiro e modelo temos são Maximiliano Kolbe, sacerdote e frade franciscano, cuja memória celebramos no dia 14 agosto. Esse discípulo de Francisco, enquanto era preso pelos nazistas no campo de concentração de Auschwitz, entregou-se à morte para que um pai de família fosse salvo. Ele foi assassinado pelos nazistas no dia 14 de agosto de 1941.
Como Maximiliano, nós também somos convidados neste mês, em datas especificas, a dar ouvidos aos gritos dos desesperados. Destaco aqui algumas delas: Dia 9 de agosto, Dia Internacional dos Povos Indígenas. Essa data tem como objetivo lembrar as lutas dos povos Indígenas pelos seus direitos, pelo respeito da sua cultura, das suas terras. Olhando para Kolbe podemos abraçar com fé e coragem as lutas desses povos nos solidarizando com eles, ouvir os seus gritos e aprender com eles a cuidar do meio- ambiente. O mesmo modelo, pode também inspirar a nossa ação solidária no dia 10 dedicado à solidariedade cristã. Como são Maximiliano que se entregou para salvar esse pai, somos também convidados ao ouvir os gritos dos nossos irmãos e irmãs que estão passando por necessidades nesta pandemia.
Com a mesma fé de São Maximiliano que se entregou para salvar um ser humano condenado à morte, sabendo que o direito à vida é inviolável, no dia 12 de agosto, dedicado no Brasil aos direitos humanos, é uma oportunidade para que reforcemos a nossa luta pelos Direitos humanos. É bom lembrar que esses direitos não são apenas para “homens direitos”, como sustentam alguns dos nossos conterrâneos, mas para todos os humanos. Com o mesmo espírito de Maximiliano, podemos também vivenciar o dia 14 de agosto dedicado à Unidade Humana lutando para que a humanidade seja liberta de tudo que entrava essa unidade. A Libertação Humana que celebramos no dia 18 é sem dúvida por fim as atrocidades como do Nazismo cujo Kolbe foi vítima, mas também ao mal do nosso século, que é o terrorismo cuja memória das vítimas somos chamados a recordar no dia 21; ou ainda lutar contra qualquer forma de opressão, principalmente o tráfico humano e a escravidão, os desaparecimentos forçados cujas as vítimas faremos memória respectivamente nos dias 23 e 30.
Que seguindo o modelo de são Maximiliano e recordando essas diferentes datas de luta, nos tornemos cada vez mais verdadeiros agentes de justiça e paz.
Mbaidiguim Djikoldigam, JPICI CMF BRASIL